sábado, 8 de agosto de 2009

Contra tudo e contra todos (os euros)

Pense em compor um time. Começando por um volante de pegada e boa saída de bola, e por um ala-esquerdo habilidoso e ofensivo.

Não se preocupe em gastar, mesmo em tempos de crise, você é daqueles xeiques árabes; então quem você escolheria?

É bom lembrar que os tais senhores do petróleo, que se divertem gastando milhões, qual garotos em jogos de video-game, não entendem lá essas coisas de futebol, e por isso, vão direto aos mais caros, como garantia de qualidade.

Neste caso, vamos tentar começar trazendo Patrick Vieira da Inter e, talvez, para a segunda posição Philip Lahm do Bayer de Munique.

Ok. Começamos bem nosso novo time inglês. Mas quanto gastaríamos com essa brincadeira em situações reais? Algo em torno de 35 milhões de euros, acho.

Mas peraí. E se nós fossemos donos de um clube europeu em situação financeira não favorável (ainda com o detalhe de nossa moeda valendo o dobro ou o triplo no câmbio à moeda do melhor futebol do mundo) e com um pouco mais de inteligência e senso de limite e realidade?

Pois então nos deparamos com o que fez, com tanta facilidade, diga-se de passagem, o Fenerbahce, ao levar o belo 'pacote' corinthiano André e Cristian, pagando, em euros, 'apenas' 8 milhões.

A pergunta que está 'na moda' hoje em dia é: "Será que com a abertura da janela europeia de transferências, não dá mesmo para segurar nossos jogadores mais talentosos?"

A pergunta que lhes faço é a seguinte: Será que os valores aplicados na liquidação dos nossos jogadores, condizem com o que paga-se na Europa ?
Em outras palavras: Será mesmo que Benzema é tão melhor que Nilmar, por exemplo.

Na comparação do que foi gasto em suas aquisições por Real Madri e Villareal, respectivamente, a resposta é sim. Técnicamente, a resposta é: absolutamente não.

Se trata de valorização dos jogadores pelos clubes europeus; coisa do tipo: Quer levar? Tem que pagar! Coisa que não existe na mente das 'partes interessadas' na venda de jogadores no Brasil.

Alguma atitude tem que ser tomada para não termos todo ano que viver dois campeonatos dentro de um só, no Brasil.

E a atitude que parece mais conveniente para um País que por causa do seu complexo de inferioridade não gosta de debater, é, simplesmente, adequar nosso campeonato ao calendário europeu.

Na verdade, o primeiro passo tem que ser valorizar mais nossas jóias, que nenhum lugar do mundo produz com tanta preciosidade.

Pensar e escrever sobre já é um começo.

E pra finalizar... Será mesmo que Patrick Vieira e Philip Lahm (35 milhões de euros) são tão superiores a André Santos e Cristian (8 milhões de euros) ??? . !!!

Absolutamente, não.

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